domingo, 18 de julho de 2010

Sem inspiração

Saí correndo e fui parar num mato sem cachorro. Lá encontrei a turma do deixa disso. Percebi que era uma torcida organizada e voltei atrás.
Conheci o mar em seus raros momentos de ira.
Perguntei às estrelas onde poderia tomar Ovomaltine e elas me guiaram até à oficina de pneus carecas.
Subi e desci morros, pedalei na bike velha do quintal, resisti a furacões – qual é, aqui não tem nada disso, não –, bem, troquei o “r” pelo “d” e fui em frente caminhando e cantando.
Vieram os dois. Sim, eles sempre estiveram aqui. Pequenos anciões, habitam os morros dos ventos uivantes, são lobos do mar.
Creio que é só.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Recado

Células Canceladas wrote:

Finalzinho de tarde. Ligo o som, ponho uma música que me tranquilize... O que poderia ser? Algo renascentista, talvez um concerto de cravo, ou quem sabe Dave Brubeck tocando algum standard. Sento-me num sofá que se encontra na varanda de casa. Estiro minhas pernas, coloco um travesseiro em meu colo, você se deita, repousando sua cabeça no travesseiro. Pega um livro e começa a ler. Eu também tenho um livro. Abro na página marcada e retomo minha leitura. Há um burburinho de bichinhos que surgem com o lusco-fusco. Vejo você cochilar com o livro aberto no peito. Pego o livro e coloco ao lado.
Surgem as primeiras estrelas, Vésper, a mais brilhante... danada essa estrela!!! Fecho meu livro, passo minha mão em seus cabelos, olho para o horizonte. Paz, muita paz.
Essa imagem traduz meu conceito de felicidade.
Seria sonhar demais?
Beijos